fosfoetanolamina sintética

A fosfoetanolamina sintética é uma substância que ficou famosa no Brasil por sua suposta capacidade de curar o câncer. No entanto, sua eficácia nunca foi comprovada em estudos clínicos e ela não é reconhecida como medicamento pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). A substância foi criada na década de 1990 pelo pesquisador Gilberto Orivaldo Chierice, da Universidade de São Paulo (USP). Ele acreditava que a fosfoetanolamina era capaz de reverter o processo de multiplicação das células cancerosas, mas nunca foi capaz de provar isso em animais ou em humanos. Apesar da falta de evidências científicas, a fosfoetanolamina sintética se tornou amplamente divulgada na mídia e nas redes sociais como uma cura para o câncer. Pacientes com câncer e seus familiares muitas vezes compravam a substância ilegalmente e a utilizavam como última tentativa de tratar a doença. Em 2016, a ANVISA proibiu a fabricação, comercialização e uso da fosfoetanolamina sintética como medicamento. A agência afirmou que não há evidências de que a substância seja segura e eficaz para o tratamento do câncer e que sua utilização pode trazer riscos à saúde. Apesar da proibição, ainda é possível encontrar a fosfoetanolamina sintética à venda ilegalmente em sites e redes sociais. Pacientes com câncer devem buscar tratamentos comprovados cientificamente e consultar seus médicos antes de utilizar qualquer substância que prometa curar a doença.